Hoje, 26 de Junho, é o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura. Mesmo sendo inaceitável, a tortura ainda faz parte do cotidiano de muitos países, e o Brasil é um deles. O pior de tudo é que, muitas vezes, ela parte de quem deveria amparar e proteger as vítimas. Exemplo disso é o caso recente da câmara de gás criada em um camburão pela Polícia Federal e que matou Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe.  É urgente combater essa prática nos presídios, delegacias e batalhões pelo país afora.

Outro exemplo de que o Estado nem sempre ampara e, em alguns casos traumatiza ainda mais é o que fez a Juíza de Santa Catarina que induziu uma menina de 11 anos, que ficou grávida após ser estuprada,  a desistir do aborto. Quem deu à Justiça o direito de torturar uma criança ou impedir seu direito ao aborto legal? É hora de dar um basta!

Há casos ainda em que a tortura faz parte de uma política de Estado para fomentar o medo e intimidar a população. Foi assim quando o nosso país viveu a Ditadura Militar. 

Isso se repete quando um nome como o do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado pela Justiça como torturador, é considerado “herói nacional” em discursos do presidente do Brasil. 

Além de ser uma grave violação de direitos humanos, a tortura também caracteriza crime contra a humanidade. 

Precisamos nos unir na defesa dos direitos humanos e para impedir que mais pessoas se tornem vítimas. para isso, é importante manter as memórias, não deixar esquecer todos os casos de torturas acontecidos no Brasil. 

É conhecendo a história e reconhecendo e reparando os erros do passado que poderemos construir um futuro melhor para todas e todos nós. Mas, também é preciso que neste ano tão decisivo para a nossa democracia, possamos conhecer todas e todos aqueles em quem iremos votar a ponto de não eleger quem faz apologia ao que fere os direitos humanos. Tortra, nunca mais!

 

SINDALESC, NO COMBATE À TORTURA E EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO 

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