Há 91 anos, pela primeira vez, o Código Eleitoral assegurou o direito ao voto às mulheres no país. É por conta disso que a Lei nº 13.086 instituiu o dia 24 de fevereiro como a data da Conquista do Voto Feminino no Brasil. Esse é um marco para um debate importante sobre os avanços já conquistados pelas mulheres no campo político e sobre a necessidade de crescimento dessa participação.
As mulheres enfrentam diversas barreiras que a todo o momento buscam interromper e silenciar suas vozes e que, muitas vezes, as distanciam dos cargos de liderança política.
Na última eleição, realizada no ano passado, vimos uma melhoria, ainda que tímida, na conquista de vagas femininas e em uma maior diversidade na casa do povo. A Câmara dos Deputados (e deputadas) em 2023 tem mais mulheres, com destaque para as mulheres indígenas, negras e transexuais.
Saímos de 77 mulheres eleitas em 2018 para 91 eleitas em 2022, o que corresponde a 17,7% das 513 cadeiras. Já no Senado, apesar do número de mulheres candidatas ter sido maior, infelizmente, o número de eleitas caiu de cinco para quatro senadoras.
Em Santa Catarina, o número de mulheres com cadeira na Câmara aumentou, com cinco deputadas federais. Antes, Santa Catarina tinha quatro representantes. Na contramão dos avanços na Alesc, o número de mulheres diminuiu. Atualmente são três deputadas estaduais, na legislatura anterior eram seis.
Esses números são muito significativos, afinal, as mulheres representam 53% do eleitorado do país, o que corresponde a 82 milhões de votantes. A conquista dessas vagas significa empoderamento e representatividade e transformação social
Nesse dia tão importante, o que podemos desejar é que apesar das barreiras que enfrentam, cada vez mais as mulheres possam se fortalecer e multiplicar suas conquistas. A vitória será de toda a sociedade brasileira.
SINDALESC, EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DO EMPODERAMENTO FEMININO