O Dia Nacional da Alfabetização, que acontece nesta terça-feira, 14 de novembro, chama a atenção para a necessidade de uma ação imediata em relação à educação no país. Atualmente, metade dos alunos brasileiros de até sete anos enfrenta dificuldades significativas para ler e escrever de maneira adequada. Essa estatística é mais do que um número; é reveladora das lacunas persistentes em nosso sistema educacional.
Os dados revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, do IBGE, mostram que a taxa de analfabetismo entre os brasileiros de 15 anos atingiu 5,6%, totalizando 9,6 milhões de pessoas que não possuem a habilidade básica de ler e escrever.
As estatísticas também mostram que entre os brasileiros pretos ou pardos com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é de 7,4%, mais que o dobro da encontrada entre os brancos. No grupo etário de 60 anos ou mais, a diferença se torna ainda mais gritante, com uma taxa de analfabetismo de 23,3% entre os pretos ou pardos, em comparação com 9,3% entre os brancos.
Para reverter esse quadro alarmante, é preciso garantir a implementação efetiva das políticas educacionais, como o Plano Nacional de Educação 2014-2024. Investir na educação tornou-se ainda mais urgente diante dos cortes significativos que a área enfrentou nos últimos anos.
Mas para que isso seja possível, é essencial investir em políticas sociais que proporcionem às famílias as condições necessárias para manter seus filhos na escola.
O Dia Nacional da Alfabetização não é apenas uma data comemorativa, mas sim um chamado para a reflexão e ação. É preciso lutarmos todos juntos pela educação de qualidade, pelo acesso à alfabetização e para garantir que cada criança tenha a oportunidade de desenvolver as habilidades fundamentais de leitura e escrita. O futuro do nosso país depende da alfabetização, e é nosso dever agir agora para construir um amanhã melhor.