A região Norte do país, com sua imensa e vital Amazônia, atrai a atenção global pela importância de sua preservação para garantir o equilíbrio climático e a biodiversidade do planeta. Em novembro de 2025, Belém será o palco da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, mas, no Dia da Amazônia, 5 de setembro, surge uma questão crucial: o que restará da floresta até lá?

Nos últimos anos, os incêndios têm devastado grandes áreas da Amazônia, um problema que continua a crescer. Além disso, os dados socioeconômicos da região Norte evidenciam a urgência de um plano de desenvolvimento abrangente, que não só promova o crescimento econômico, mas também assegure a inclusão das populações vulneráveis e a conservação ambiental.

Atualmente, a região Norte enfrenta a maior taxa de trabalhadores informais do Brasil, com 51,7% (em comparação com 38,6% da média nacional). Além disso, possui a segunda maior taxa de pobreza, 41%, enquanto a média nacional é 28%, e a segunda menor renda mensal média por habitante, R$ 2,4 mil, superando apenas o Nordeste, onde a renda é de R$ 2,2 mil, ficando 22% abaixo da média nacional. A situação da região, que abriga a maior parte da Amazônia brasileira, é alarmante.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 50% no ano passado e 45% neste ano. No entanto, a situação continua crítica. Recentemente, a fumaça dos incêndios na Amazônia e no Pantanal foi observada até no céu de Santa Catarina, prejudicando a qualidade do ar e demonstrando o impacto global dessa devastação.

O sistema de monitoramento da Amazônia Legal registrou o maior número de focos de fogo em 19 anos, agravado pela seca que afeta mais de mil cidades brasileiras. O Dia da Amazônia serve como um alerta para a necessidade urgente de ações para salvar este bioma essencial e proteger a vida em todo o planeta.