A Marcha Nacional Contra a Reforma Administrativa (PEC 38/2025), realizada recentemente em Brasília, demonstrou a força do funcionalismo público e da sociedade civil na defesa do serviço público e dos direitos dos servidores. O evento reuniu milhares de trabalhadores de diferentes estados, em um ato de união e resistência que deixou claro: a categoria não aceitará retrocessos que ameacem a estabilidade, os concursos públicos e os direitos conquistados ao longo de décadas.

Em resposta à pressão do movimento, dez deputados federais já protocolaram a retirada de suas assinaturas de apoio à PEC 38/2025. A proposta, que repete os ataques da antiga PEC 32/2020, contava originalmente com apenas o número mínimo de 171 assinaturas. Os parlamentares que recuaram são: Fátima Pelaes (Republicanos/AP), Murilo Galdino (Republicanos/PB), Rafael Prudente (MDB/DF), Duda Ramos (MDB/RR), Emidinho Madeira (PL/MG), Pastor Diniz (União/RR), Zé Haroldo Cathedral (PSD/RR), Helena Lima (MDB/RR), Marx Beltrão (PP/AL) e Alexandre Guimarães (MDB/TO).

Embora a retirada das assinaturas não derrube a proposta, ela enfraquece a base política da PEC e evidencia que a mobilização é eficaz. Para o SINDALESC e as demais entidades representativas do funcionalismo, este resultado reforça que a participação ativa dos servidores e o engajamento da sociedade são fundamentais para proteger os direitos do serviço público e garantir um debate democrático, técnico e transparente sobre reformas que afetam toda a população.

O SINDALESC reafirma que a luta continua em todo o país. Estão previstas novas mobilizações nacionais, articulações estaduais e ações de diálogo direto com parlamentares e com a população, para que a tramitação da PEC ocorra de forma responsável e que, ao final, os ataques aos direitos dos servidores sejam derrotados. A mobilização permanente é a prova de que a união e a pressão organizada fazem a diferença e que o serviço público deve ser valorizado e defendido.

A luta não acabou. A mobilização continua. Juntos, servidores e sociedade civil podem proteger a democracia e os direitos de todos.