Hoje é o Dia Nacional da Alfabetização. Uma data que merece que possamos parar para pensar sobre se o Brasil está fazendo o seu dever de casa, não apenas no que diz respeito a ensinar adultos e crianças a ler e escrever, mas também no que se refere ao próprio letramento do mundo.
A alfabetização é marco importante, e sabemos o quanto é urgente a implantação de melhores condições de ensino e aprendizagem no país, passando, inclusive, por melhor remuneração e valorização dos professores e professoras. Afinal, a alfabetização de crianças e adultos pode mudar de maneira significativa os rumos de um país.
Mas, é preciso compreender que não se trata apenas de aprender a ler e escrever, mas também de interpretar o mundo em que se vive.
Muitas pessoas são capazes de ler e escrever, mas não sabem interpretar nem agregar informações, contextualizar aquilo que estão lendo. Dessa forma, elas não têm um letramento político e midiático e acabam fazendo parte daquilo que se chama de analfabetismo funcional. Conforme o Indicador de Alfabetismo Funcional de 2018, cerca de 38 milhões de pessoas são analfabetas funcionais no Brasil.
Aquele que aprende a ler o mundo, a compreender os textos, a interpretar, adquire consequentemente, uma série de estratégias e modos de comportamento. Sabe buscar uma informação ou transmitir uma ideia. Assim, corre menos risco de ser iludido por fake news ou mesmo de difundi-las.
Voltando àquele pensamento lá do início do texto: será que estamos fazendo o nosso dever de casa? Enquanto tivermos pessoas que não conseguem fazer relações entre o que leem e escrevem, teremos um sério problema social no nosso país.
SINDALESC, EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DA EDUCAÇÃO
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