A ALESC sediou na última quarta-feira, dia 23, uma audiência pública que discutiu o assédio moral no trabalho. Ela foi realizada pela deputada estadual Luciane Carminatti em conjunto com o Sindalesc e o Fórum Catarinense do Serviço Público.
A deputada parabenizou o Sindalesc pela iniciativa, e falou sobre como é importante pensar essas questões que estão presentes no dia a dia “Nós precisamos falar disso” argumentou.
O presidente do Sindalesc, Alexandre Melo ressaltou a importância do Grupo de Trabalho do assédio montado pelo Sindalesc e ressaltou que “a coordenação da Aline, uma mulher que esteve à frente desse processo, o que bastante nos orgulha, assessorada tanto pelo Luiz Sérgio quanto pelo Paludo, dando suporte os trabalhadores Renata, Roberta e Antonio”.
A Vice-presidenta do Sindalesc, Aline Covolo Ravara trouxe exemplos pessoais, de quando foi assediada por um deputado da assembleia, e lembrou como o tema é complexo, e que justamente por isso, o grupo de trabalho resolveu elaborar uma cartilha que tira dúvidas, esclarece e orienta. A cartilha de prevenção Assédio é coisa séria está disponível no site do Sindalesc.
A professora doutora do Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (UFSC) Suzana da Rosa Tolfo afirmou que “Infelizmente, esse é um momento em termos de cultura, de país e de gestão organizacional extremamente propício a situações de assédio sexuais e morais”.
A defensora pública estadual Anne Teive Auras trouxe dados que demonstram a desigualdade de gêneros no mercado de trabalho e que 40% das mulheres brasileiras já foram xingadas no trabalho e 33% que já foram humilhadas perante os colegas.
Na audiência se debateu como o assédio é um crime que prejudica o ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador, inclusive no serviço público e a necessidade de evitar essa prática, uma bandeira que tem sido levantada pelo Sindalesc, em especial após a criação do Grupo de Trabalho no último ano.
Sindalesc, em defesa do serviço público e na luta contra o assédio.