A Mata Atlântica é um dos biomas mais biodiversos do mundo. Ela tem uma importância ambiental que vai desde a regulação do clima até o abastecimento de água, produção de fibras, madeiras, óleos e outros recursos, além de seu valor histórico-cultural, pois abriga diversas comunidades carregadas de história.

O Dia nacional da Mata Atlântica, neste 27 de maio, chega justamente em meio a polêmica da MP 1.150 e demais emendas que enfraquecem as políticas do CAR (Cadastro Ambiental Rural) e do PRA (Programa de Regularização Ambiental), voltadas aos produtores rurais, e também enfraquece a proteção de Áreas de Preservação Permanente urbanas.

Depois da aprovação da emenda de Câmara dos Deputados na última semana, houve uma avalanche de críticas enviadas em cartas e mensagens nas redes sociais por centenas de organizações socioambientais e instituições de pesquisa. Ao todo, quase 800 organizações assinaram uma carta nesta quinta-feira contra as medidas antiambientais aprovadas pelo Congresso, o que provavelmente levará ao veto da MP.

Essa mobilização mostra o quanto é importante estarmos unidos em prol das pautas que envolvem o meio ambiente e, em especial, da defesa da Mata Atlântica.

Dados compilados pela ONG SOS Mata Atlântica e pelo projeto Mapbiomas mostram que o desmatamento durante os dez primeiros meses de 2022 chegou a 48.660 ha, ou o equivalente a uma média de 75 campos de futebol por dia. A maior parte do bioma foi derrubada para a prática da agricultura.

Não podemos mais permitir a destruição, principalmente por meio das queimadas e do desmatamento irregular. Proteger a floresta é também proteger o futuro de todos os seres vivos, e essa deve ser uma luta de todos nós.

 

SINDALESC, EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DA MATA ATLÂNTICA.