O 8 de março em Florianópolis traz consigo uma poderosa mensagem este ano: “TRANSformando Luto em Lutas”. Este lema não apenas destaca a importância da inclusão transinclusiva no Dia Internacional de Luta das Mulheres, mas também nos recorda do luto pelas vítimas de diversas formas de violência, incluindo feminicídio, lesbofobia e violência latifundiária.
Desde sua origem em 2017, inspirado pela Primavera Feminista global, o movimento do 8M em Florianópolis tem sido um ponto de convergência para mulheres de todas as origens. Este ano, o tema reflete a busca por unidade e solidariedade entre mulheres cis, trans e travestis, bem como outras identidades não conformes com o binário de gênero.
A pauta é significativa porque enfrentamos uma realidade sombria: ataques transfóbicos e discursos radicais. Esses ataques não apenas minam nossa luta coletiva, mas também promovem o ódio e a exclusão. Mas, enquanto algumas vozes tentam excluir mulheres trans e travestis, é nosso dever reafirmar nosso compromisso com um feminismo verdadeiramente interseccional. Como afirmou Angela Davis, nossa luta é contra todas as formas de opressão, e só podemos alcançar a verdadeira liberdade e igualdade se permanecermos unidos e unidas.
Durante toda a semana, aconteceu no Brasil uma série de atividades organizadas pelo Frente feminista 8M, em Florianópolis, houve feira, sarau, oficinas, ateliê drag, festa, projeções e muito debate. Hoje, no Dia Internacional da Mulher, ocorre a Marcha 8M 2024, a partir das 18h, com saída do Largo da Alfândega. É a oportunidade de somarmos forças nesta causa tão importante.
À medida que nos reunimos neste 8M, celebremos não apenas nossa diversidade, mas também nossa unidade na luta pela justiça e pela igualdade. Somente juntas, mulheres cis, trans e travestis, podemos transformar nosso luto em ação e criar um futuro mais justo e inclusivo.