O 19 de abril marca o dia dos povos indígenas. Poderíamos estar comemorando a diversidade do Brasil e celebrando a riqueza dos povos indígenas que compõem o nosso país, mas somos confrontados com uma realidade cruel. Uma realidade de dor, perda e luta pela sobrevivência, em especial entre os Yanomami.
Nos últimos anos, houve um verdadeiro genocídio desse povo guerreiro. O garimpo ilegal e a mineração, como pragas vorazes, devoraram estas terras ancestrais, contaminando rios, envenenando o solo e destruindo vidas.
Desde o ano passado, o Governo decretou situação de emergência em saúde pública. Isso, no entanto, não foi suficiente para impedir a morte de 363 Yanomami em 2023, mais da metade deles crianças com menos de 5 anos. É importante assumir as mortes, entender os equívocos cometidos e tomar todas as precauções para que a situação seja resolvida, implementando políticas públicas eficientes.
A desnutrição, a malária e as mortes ainda são realidade na Terra Yanomami. Cada vida perdida é uma ferida aberta na alma da humanidade. Cada morte é um grito por justiça.
No Dia dos Povos Indígenas, o Sindalesc honra a ancestralidade dos Yanomami e renova seu compromisso com a justiça, a preservação cultural e a defesa da vida.