Em novembro foi instalada no Parlamento catarinense uma Comissão Especial com o objetivo de apontar critérios técnicos para orientar a escolha de um imóvel comercial que a Assembleia pretende adquirir.

A possibilidade da compra foi lançada pelo edital de aviso de interesse no final de setembro. A aquisição do imóvel pode resolver o problema que se arrasta há anos, realocando em um único espaço todos os servidores atualmente lotados em outros imóveis alugados pela Casa.

O objetivo da comissão foi auxiliar a Mesa e dar mais transparência na escolha do novo imóvel. Formada por servidores efetivos e comissionados, contou com a participação de integrantes do Sindalesc e da Afalesc. O sindicato foi representado no grupo pelo vice-presidente, Alexandre Melo. Ao todo, a Alesc recebeu oito propostas de negócios.

Atualmente, além do Palácio Barriga Verde, sede da instituição, outros quatro imóveis estão alugados e abrigam áreas administrativas da Casa, estacionamento e um depósito. Juntos, custam aproximadamente R$ 2 milhões por ano aos cofres públicos.

Em nota divulgada em outubro, o Sindalesc e a Afalesc destacaram que a reunião dos servidores, espalhados hoje em quatro prédios alugados, é uma luta antiga das entidades e, se feita de forma planejada, será uma vitória para a instituição.

O parecer final foi entregue no último dia 6 de dezembro à Mesa Diretora da Casa e aos deputados estaduais presentes. Na visão de Melo, a Assembleia tem uma demanda, de fato, para a ampliação dos espaços e acomodações, porque não só o aluguel está em jogo, como também a questão logística. “Estamos espalhados em vários prédios onde as pessoas muitas vezes passam 2 ou 3 horas caminhando de um lado para outro para realizar um serviço. Pelo menos, de sete lugares vamos estar em apenas dois lugares. E este é um grande ganho que nós vamos ter enquanto logística da gestão pública”, explicou.

Alexandre Melo também destacou a importância de resolver definitivamente o problema da estrutura física da Assembleia. “Pelo menos o poder público vai ter um bem, e caso daqui alguns anos resolva ter outra estratégia, o bem público vai ser sempre um bem público.”

Concluída esta etapa, com a elaboração do parecer, o Sindalesc continuará atento ao processo. “Vamos continuar fiscalizando, pois nós prospectamos um espaço físico, em cima das necessidades de coordenadorias, diretorias e esperamos que ao longo do processo, isso não seja desfeito. Nós temos um estudo, chamado de ‘Programa de Necessidades’, que foi bem estruturado e espera-se que a gestão pública mantenha fidedignamente aquilo que foi estabelecido”, pontuou Melo. “Seria muito frustrante, para nós que somos entidade sindical, depois de tanto trabalho, nos depararmos, por exemplo, com uma situação de fechamento de setores ou coisa do gênero”, finalizou.