Há 35 anos, um cartaz foi colocado em frente da Torre Eiffel alertando: “Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados”. Aquele foi um dos marcos da data em que foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos e que reuniu mais de 100 mil pessoas na França para homenagear as vítimas de extrema pobreza, violência e fome.

Por mais que todos os governos tenham a obrigação de assegurar que os seus habitantes vivam com dignidade, a realidade é outra. Durante a pandemia, a renda dos 40% mais pobres, muitas vezes procedentes da economia informal em muitos países, caiu em média duas vezes mais do que os dos 20% mais ricos, aprofundando as desigualdades.

Cerca de 70 milhões de pessoas caíram na extrema pobreza em 2020, segundo dados do Banco Mundial, que estima que quase 720 milhões de pessoas vivem com menos de 2,15 dólares por dia.

Segundo os relatórios do IBGE, o  número de pessoas em pobreza extrema no Brasil vinha caindo desde o início dos anos 2000. Porém, os avanços nesta área começaram a sofrer um revés, e em 2019 o país contabilizou 6,7% de sua população, o que equivale a 13,8 milhões de pessoas, vivendo com menos de 1,90 dólares ao dia.

A Pandemia do Covid 19 e a guerra da Ucrânia pioraram um cenário que já era assustador. A situação é tão grave que o Banco Mundial já afirmou que o mundo não conseguirá cumprir a meta da ONU de erradicar a pobreza extrema em 2030.

Pessoas passando fome, como alertava aquele cartaz de 1987, são um ataque aos direitos humanos. É preciso não perder a humanidade diante de situações assim, é preciso lutar para mudar situações como essas!

SINDALESC, EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E EM DEFESA DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA

 

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