Em agosto deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para obrigar a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a executar obras de acessibilidade em todas as edificações.
O caso é emblemático sobre a questão da acessibilidade porque estamos falando de uma universidade pública onde espera-se que haja um ambiente de equidade, igualdade e cidadania pelas pessoas com deficiência.
Hoje, 3 de dezembro, Dia Internacional da Luta das Pessoas com Deficiência, situações como essa e tantas outras que presenciamos no cotidiano, nos levam a fazer uma reflexão sobre as formas de promover a inclusão sem que isso seja apenas pelo cumprimento de cotas ou por assistencialismo.
Essa reflexão e conscientização acerca da inclusão social é fundamental no combate à discriminação e também para a inserção das pessoas com deficiência (PcD) no mercado de trabalho e nas mais diversas atividades do cotidiano.
Segundo a pesquisa “Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil”, divulgada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no país, mais de 17 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Entretanto, os dados apontam que apenas 28,3% têm participação no mercado de trabalho.
Para piorar a situação, conforme um levantamento da InfoJobs com mais de 630 respondentes, sendo 84,9% pessoas com deficiência, 44% disseram que já sofreram algum tipo de preconceito durante o processo seletivo para vagas de emprego e 51% acreditam que a deficiência dificulta na busca de uma colocação profissional.
A acessibilidade pode trazer benefícios, tanto para pessoas com deficiência quanto para a sociedade em geral, pois ela caminha no sentido de promover algo que tanto buscamos, que é a promoção da igualdade. É por acreditar na importância disso que o Sindalesc se soma a todas as pessoas com deficiência na sua luta.
SINDALESC, EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA