21 de março – Dia Internacional contra a Discriminação Racial

Em janeiro deste ano, um vídeo que mostra o espancamento de Tyre Nichols, 29 anos, nos Estados Unidos, chocou o mundo. Nele, cinco policiais aparecem agredindo o motorista negro que morreu em consequência dos ferimentos. Infelizmente, o caso não é raro. No Brasil, uma das expressões mais cruéis do racismo se manifesta nos números da violência.

Estima-se que a cada 23 minutos morre uma pessoa negra no Brasil. E a  chance de um jovem negro ser morto é 2,5 vezes maior do que a de um jovem branco.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado, a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, em 2021, 78 eram negras. Os negros também foram 84,1% dos mortos pelas polícias. Quanto às mulheres negras, representaram 62% das vítimas de feminicídio no país. 

Última nação do ocidente a abolir a escravatura, o Brasil, não criou naquela época nenhuma condição para a inserção digna da população negra na sociedade. O resultado foi o conjunto de preconceitos que se encontra enraizado no inconsciente e na subjetividade de indivíduos e instituições até hoje.

Avanços foram conquistados ao longo das últimas décadas, principalmente a partir da luta histórica dos movimentos negros. A proibição da discriminação racial está presente nos principais instrumentos internacionais de direitos humanos e também na legislação brasileira. Ainda assim, as atitudes racistas e discriminatórias são uma dura realidade e perpetuam desigualdades. Vivemos em uma sociedade excludente, e é urgente que essa situação mude.

Para termos uma sociedade mais igualitária precisamos de mais representatividade, ou seja, mais negros em espaço de poder, na mídia, no mercado de trabalho. Para que isso seja possível, também é urgente reeducar olhares e escutas.

O SINDALESC combate à discriminação racial e luta pela construção de uma sociedade com equidade de direitos.

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