Em janeiro deste ano, justamente no dia em que completaria um mês de vida, a pequena Maria Júlia Barbosa Lima morreu à espera de uma cirurgia no coração, mesmo após a Justiça determinar a transferência imediata da pequena ao Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Em fevereiro, em Campinas, dois bebês morreram em uma unidade de Tratamento Intensivo onde havia falta de médicos. No mês passado, outra menina, Ana Julia Alves Antonio, 9 anos, morreu com suspeita de dengue enquanto aguardava uma vaga em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Bauru (SP). A vaga só saiu horas depois da morte. Era tarde demais. 

Esses são apenas alguns dos exemplos que escancaram como a saúde pública carece de investimentos no país e de como o Sistema Único de Saúde precisa de investimentos urgentes. 

Só no SUS, o déficit de médicos de família e comunidade varia de 45 mil a 65 mil profissionais, segundo uma avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 

Hoje, 7 de abril, no Dia Mundial da Saúde e nos 75 anos da  Organização Mundial da Saúde (OMS), os desafios no sentido de se alcançar a prometida “saúde para todos” ainda são enormes. Somente com um planejamento sério, digno da importância que o SUS tem para a população brasileira, será possível garantir o acesso equitativo e integral a serviços de saúde para toda a população brasileira e que outras mortes, como as que contamos lá no início do texto, não continuem a acontecer. 

É pelo direito à saúde, garantido inclusive pela nossa Constituição, mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação que nós do Sindalesc lutamos. 

SINDALESC, EM DEFESA DO DIREITO À SAÚDE E DO SERVIÇO PÚBLICO.

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