No Brasil, a violência é um fenômeno sócio-histórico, fundante e estrutural e agravada pela desigualdade social. A situação é ainda mais preocupante quando se somam a esses fatores o racismo. A estigmatização da figura do negro como potencial suspeito faz com que a possibilidade de um jovem negro morrer vítima de homicídio seja 23,5% maior que a de um jovem não negro. No caso da violência policial, este grupo é 83,1% das vítimas.

Os dados mais atualizados sobre esse tema foram divulgados em julho, pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que traz informações sobre o quadro de violência no país no último ano. O relatório destaca que o Brasil ainda é um país violento e marcado pelas diferenças raciais, de gênero, geracionais e regionais que marcam quem são as vítimas da violência letal.

Em 2022, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais. No primeiro semestre deste ano, segundo dados do Monitor da Violência, o Brasil já teve 19,7 mil mortes violentas, o que corresponde a uma média de quase 110 por dia.

Mas, as mortes não são o único fator preocupante quando o assunto é violência. É preciso lembrar que a violência não se limita à agressão física, e que cada vez mais ocorrem crimes como violência psicológica, física, sexual e moral.

Diante de todo esse cenário, nesta segunda, 2 de outubro, Dia Internacional da Não-Violência, precisamos não só lutar por mudanças político-sociais que combatam essa estrutura da violência em suas diferentes faces, mas também pensar no nosso papel para que mudanças sejam possíveis. 

💪 Através da não-violência, podemos superar diferenças, construir pontes e promover mudanças positivas. É um ato de coragem que inspira e transforma vidas.

🌎 Neste Dia Internacional da Não-Violência, comprometa-se a:

✨ Praticar a empatia diariamente,

✨ Defender os direitos humanos,

✨ Combater o preconceito,

✨ Promover a inclusão e a diversidade,

✨ Construir um mundo onde a paz seja a norma, não a exceção.