O Presidente do Sindalesc, Alexandre Melo, destacou em sua fala na audiência pública desta quarta-feira, 4 de outubro, a importância de revogar já o desconto de 14% na contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas do Estado. Melo falou sobre o projeto do governo sobre o tema, o qual sequer chegou oficialmente à Alesc até o momento, mesmo com uma audiência pública marcada. “Do jeito que está colocado, eu vou denominar esse projeto que o governo nos enviou de dissonância cognitiva. Ele fala de problema financeiro, e ele disse que o governo vai pagar apenas 14%, ou seja, hoje, ele contribui com 28% do patronal. Como é que se resolve essa equação? Os meus professores do serviço público me ensinaram a fazer essa conta. Tenho certeza que ensinaram a todos vocês também. Então, esse projeto já chega com a segregação de massas. Como é que essa conta vai fechar? A gente já sabe, né? Daqui a um ano, vem outro projeto, dizendo que a nossa contribuição à previdência é insuficiente, e ela vai ser eternamente insuficiente se eles continuarem vendendo o nosso patrimônio e segregando a massa. O governo apresenta uma proposta para resolver o problema? Não, ele apresenta uma proposta de aprofundar o problema. Já temos o SC Prev, agora tem um SC Futuro. Futuro de quem? É o nosso, Trabalhadores? Não, né!” afirmou Alexandre Melo. Outro ponto que o presidente do Sindalesc destacou foi o fato de o governo não ter respondido à diligência feita pela comissão de Constituição e Justiça: “foi um desrespeito ao parlamentar e ao Parlamento” , afirmou Melo. O Sindalesc e as demais entidades sindicais defendem que é preciso revogar já os 14% e argumentam que o governo poderia arcar com o fim da cobrança, tendo em vista o percentual reduzido que o montante arrecadado representa na composição do orçamento estadual.